A fome física é um sinal biológico que o corpo envia para indicar a necessidade de energia. Ela é um mecanismo natural de sobrevivência que garante que consumimos nutrientes suficientes para manter nossas funções corporais. Essa fome geralmente aparece gradualmente. Você pode notar um leve vazio no estômago, que aumenta com o tempo.
Inclui sinais físicos como dor no estômago, sensação de vazio, fraqueza, tontura e irritabilidade. E é importante ter em mente que quando você está fisicamente com fome, quase qualquer alimento pode te satisfazer, e você está disposto a comer uma variedade de alimentos.
Já a "vontade de comer" ou fome emocional, é impulsionada por estados emocionais e psicológicos, e não pela necessidade física de nutrientes. É uma resposta a sentimentos como estresse, tristeza, tédio ou até alegria. Ela pode se manifestar de diferentes maneiras, desde uma simples preferência por um alimento específico até uma necessidade avassaladora que muitas vezes tem raízes em aspectos emocionais que não se relacionam com a comida em si.
A fome emocional pode surgir repentinamente e ser extremamente intensa. Normalmente, ela é direcionada a alimentos específicos e não há sinais físicos de fome. Em vez disso, pode haver uma sensação de "vazio emocional" ou desconforto.
O problema é que comer em resposta à fome emocional pode proporcionar um alívio momentâneo, mas muitas vezes é seguido por sentimentos de culpa, arrependimento ou vergonha. Isso acontece porque a emoção subjacente (como estresse ou tristeza) geralmente persiste após comer, levando a um ciclo repetitivo de comer para lidar com sentimentos.
E como podemos controlar o que nos controla?
Conhecer a nossa fome emocional e quais são os gatilhos: Manter um diário emocional e alimentar para identificar padrões e gatilhos que levam à fome emocional.
Trabalhar as emoções que motivam às vontades de comer, seja por psicoterapia e/ou exercício físico, meditação, rede de apoio, hobbies…
Explorar a atenção à alimentação, via Mindful Eating, a prática da alimentação consciente pode ajudar a distinguir entre fome física e emocional, permitindo escolhas alimentares mais conscientes.
Praticar a autocompaixão, tratar-se com gentileza e compreensão em vez de recorrer à autocrítica após episódios de fome emocional. Não é sua culpa, está tudo bem.
A vontade de comer é uma parte natural da nossa experiência humana, mas compreender suas variações e aprender a gerenciá-las pode fazer uma grande diferença na nossa saúde e bem-estar. Incentivar a autocompaixão e a paciência consigo mesmo é essencial nesse processo. Ao desenvolver uma relação mais saudável com a comida, é possível desfrutar dos alimentos que amamos sem que eles controlem nossas escolhas. <3
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